Opinião: Olympiastadion, o Olimpo em solo alemão

Foi em meu penúltimo dia em Berlim que fui ao tão conhecido Olympiastadion ou, em bom português, Estádio Olímpico de Berlim. Apesar de não ser muito fã do Hertha Berlin, time da casa, este estádio tem um significado especial para mim, pois fez parte de um dos capítulos do meu Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo, em que abordei a manipulação política em grandes eventos esportivos (vamos chegar lá).

Mas, então, por que esperar seis dias até conhecê-lo? Porque você PRECISA conhecer a história da cidade em que está, antes de ir até lá. Olympiastadion não é, apenas, uma arena destinada aos aficionados pelo futebol, ela presenciou Olimpíadas, Copa do Mundo, Copas Nacionais, será palco da grande final da Champions League, em maio, e o mais interessante, sobreviveu à Segunda Guerra Mundial e às loucuras do comandante de seu país na época.

Como o próprio nome propõe, o estádio foi construído para sediar as Olimpíadas de 1936, quando o Nazismo começava a mostrar suas asinhas em solo germânico e tentava mostrar ao mundo sua ideologia insana (para se ter uma ideia, em 2002 uma bomba não detonada foi encontrada na parte inferior da arquibancada principal).

Os anos se passaram e o Estádio Olímpico passou por uma grande reforma para abrigar a Copa do

Mundo de 2006, que aconteceu na Alemanha (eu sei que vocês já sabem). Os bons de memória lembrarão dos grandes jogos que ocorreram ali naquele Mundial, como o massacre alemão sobre os equatorianos, por 3 a 0; as quartas de final, em que a Alemanha eliminou a Argentina, nos pênaltis (meu jogo favorito); e a grande final, entre Itália e França.

Apesar do frio que passei, aconselho a visita com multimídia, em que o interessado pode desbravar os pontos sinalizados no aparelho recebido, na recepção do estádio,  pelo tempo que quiser, no idioma que quiser, por 10 euros (eu, por exemplo, fiquei duas horinhas dando voltas por lá). É lindo e, como tudo em Berlim, uma aula prática de história.