Luca Toni e Bayern de Munique travam briga por imposto religioso
Lembra do atacante italiano Luca Toni, que teve passagem pelo Bayern de Munique entre 2007 e 2010? Pois o jogador se envolveu em um problema com o fisco alemão e quer que o antigo time o restitua financeiramente.
Antes de entender o problema Toni x Bayern é preciso explicar uma das regras do fisco alemão. Quando se reside na Alemanha, a Receita Federal local aplica um formulário com várias questões sobre a vida e as condições da pessoa, para haver a tributação. Uma dessas perguntas é referente a religião, já que os fiéis de igrejas cristãs precisam pagar cerca de 10% de imposto - que será repassada para as entidades religiosas. Quem declara não ter nenhuma religião fica livre do tributo.
Com isso claro, vamos ao problema de Luca Toni: o atacante foi pego pelo fisco e teve de pagar, recentemente, cerca de 1,7 milhão de euros em impostos eclesiásticos da época que defendia o Bayern de Munique. O italiano alega que quando preencheu o formulário fez um risco no campo "religião", indicando que não seguia nenhuma igreja. Porém, em um dos documentos enviados a Receita Federal, o contador indicado pelo Bayern de Munique preencheu o campo como se Toni fosse católico (logo, obrigado a pagar imposto).
O atacante briga, agora, pela restituição do dinheiro. O contador (que não teve o nome revelado) alegou que a responsabilidade por conferir o formulário com os jogadores é do time bávaro. Representantes do Bayern foram chamados para uma audiência nesta semana e se recusaram a pagar 500 mil euros para o italiano (o restante seria pago pelo contador).
Segundo informações do jornal TZ de Munique, em 2014 juízes deram ganho de causa ao italiano, afirmando que o clube deveria ter informado sobre o imposto, mas os bávaros recorreram da decisão. Como o processo, pelo jeito, está longe de terminar, haverá mais audiências para chegar, enfim, a um acordo.
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