Por que Özil não canta o hino nacional da Alemanha nos jogos? Ele explica
Mesut Özil é alemão de nascimento, da cidade de Gelsenkirchen, mas tem ascendência turca. Ele poderia atuar pelas duas seleções, tanto a da Turquia quanto a da Alemanha, e acabou optando pela Mannschaft.
Já são quase 10 anos defendendo as cores alemãs - sua estreia aconteceu em fevereiro de 2009, num amistoso contra a Noruega. E uma a mesma imagem se repete quando o atleta é escalado como titular: os jogadores perfilados cantam o hino nacional e Özil permanece em silêncio.
Essa questão voltou a gerar debate pouco antes da Copa do Mundo, após a enorme polêmica que a foto tirada ao lado presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, causou.
Afinal, por que Özil não canta o hino nacional?
"Enquanto é tocado o hino, eu rezo. E tenho certeza de que esse meu retiro dá força e confiança a mim e à minha equipe para conquistar a vitória", disse o camisa 10 em entrevista concedida ao site da DFB (Federação Alemã de Futebol).
O ritual tem uma longa tradição para o jogador e remete à sua infância. "Mesmo quando era menino, eu rezava antes de jogar futebol. E isso eu mantenho até os dias de hoje", explicou o meio-campista do Arsenal, de 29 anos.
Özil foi revelado para o futebol no Schalke, onde jogou nas categorias de base e se profissionalizou em 2006. Depois ainda atuou por Werder Bremen, Real Madrid e, agora, Arsenal, onde está desde 2013. Ele também defender as seleções alemãs de base sub-19 e sub-21.
Quase jogou na Turquia
Na temporada 2008/09, Mesut Özil chegou a ser sondado pelo então técnico da Turquia para defender as cores do país de seus pais. O jogador acabou negando - abrindo mão inclusive da cidadania turca. No ano seguinte à sua estreia na seleção alemã, em 2009, rechaçou as críticas por não cantar o hino.
"Embora eu não cante junto, eu me identifico 100% com a Alemanha", disse ao jornal "Die Zeit" naquela ocasião, sem justificar a razão pela qual não canta o hino nacional.
Diante das suas atuações abaixo do esperado e a foto polêmica com o presidente turco, as críticas sobre o atleta voltaram com toda força. Recentemente, o ex-jogador Stefan Effenberg deixou sua opinião em um programa de TV.
"Se Özil defende a Alemanha, então ele também deve cantar o hino nacional", disse o vice-campeão europeu de 1992 numa mesa redonda do canal esportivo "Sport1". A plateia aplaudiu efusivamente.
Gündogan também é alvo
E não só Özil. O volante Ilkay Gündogan também vem sendo alvo de críticas por parte de torcedores e imprensa, já que também tirou fotos ao lado do presidente da Turquia poucas semanas antes da disputa da Copa do Mundo.
O gesto causou uma indisposição na política enorme, tanto que os dois jogadores chegaram a conversar com o presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier. Até a chanceler Angela Merkel falou sobre o assunto e muitos torcedores chegaram a pedir o corte de Özil e Gündogan da seleção.
No último amistoso preparatório antes do Mundial, diante da Arábia Saudita, em Leverkusen, Gündogan foi vaiado toda vez que tocava na bola. O meio-campista do Manchester City chegou a se desculpar e justificou a fotografia com Erdogan, mas Özil não falou sobre isso. E esse silêncio de Mesut incomoda algumas pessoas.
"Isso mostra que Özil não entendeu por que existem grandes discussões sobre ele na Alemanha", disse o ex-meia Lothar Matthäus. "Tenho a sensação de que ele não se sente bem vestindo a camisa da Alemanha, como se nem quisesse jogar. Ele está sem fogo: não tem coração, nem alegria, nem paixão", completou o campeão da Copa de 90.
"Tenho que falar isso toda vez: a linguagem corporal de Özil é a de um sapo morto. Isso é patético", disse Mario Basler, outro ex-jogador da seleção e há anos crítico declarado do meia. "Ele é superestimado como jogador de futebol".
Na Copa do Mundo de 2018, Özil foi titular na estreia contra o México (derrota por 1 a 0), mas perdeu a posição no jogo seguinte (vitória por 2 a 1 sobre a Suécia). Essa partida foi a primeira que o camisa 10 não entrou como titular em jogos de Copa do Mundo ou Eurocopa, desde 2010.
Já são quase 10 anos defendendo as cores alemãs - sua estreia aconteceu em fevereiro de 2009, num amistoso contra a Noruega. E uma a mesma imagem se repete quando o atleta é escalado como titular: os jogadores perfilados cantam o hino nacional e Özil permanece em silêncio.
Essa questão voltou a gerar debate pouco antes da Copa do Mundo, após a enorme polêmica que a foto tirada ao lado presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, causou.

"Enquanto é tocado o hino, eu rezo. E tenho certeza de que esse meu retiro dá força e confiança a mim e à minha equipe para conquistar a vitória", disse o camisa 10 em entrevista concedida ao site da DFB (Federação Alemã de Futebol).
O ritual tem uma longa tradição para o jogador e remete à sua infância. "Mesmo quando era menino, eu rezava antes de jogar futebol. E isso eu mantenho até os dias de hoje", explicou o meio-campista do Arsenal, de 29 anos.
Özil foi revelado para o futebol no Schalke, onde jogou nas categorias de base e se profissionalizou em 2006. Depois ainda atuou por Werder Bremen, Real Madrid e, agora, Arsenal, onde está desde 2013. Ele também defender as seleções alemãs de base sub-19 e sub-21.
Quase jogou na Turquia

"Embora eu não cante junto, eu me identifico 100% com a Alemanha", disse ao jornal "Die Zeit" naquela ocasião, sem justificar a razão pela qual não canta o hino nacional.
Diante das suas atuações abaixo do esperado e a foto polêmica com o presidente turco, as críticas sobre o atleta voltaram com toda força. Recentemente, o ex-jogador Stefan Effenberg deixou sua opinião em um programa de TV.
"Se Özil defende a Alemanha, então ele também deve cantar o hino nacional", disse o vice-campeão europeu de 1992 numa mesa redonda do canal esportivo "Sport1". A plateia aplaudiu efusivamente.
Gündogan também é alvo
E não só Özil. O volante Ilkay Gündogan também vem sendo alvo de críticas por parte de torcedores e imprensa, já que também tirou fotos ao lado do presidente da Turquia poucas semanas antes da disputa da Copa do Mundo.

No último amistoso preparatório antes do Mundial, diante da Arábia Saudita, em Leverkusen, Gündogan foi vaiado toda vez que tocava na bola. O meio-campista do Manchester City chegou a se desculpar e justificou a fotografia com Erdogan, mas Özil não falou sobre isso. E esse silêncio de Mesut incomoda algumas pessoas.
"Isso mostra que Özil não entendeu por que existem grandes discussões sobre ele na Alemanha", disse o ex-meia Lothar Matthäus. "Tenho a sensação de que ele não se sente bem vestindo a camisa da Alemanha, como se nem quisesse jogar. Ele está sem fogo: não tem coração, nem alegria, nem paixão", completou o campeão da Copa de 90.
"Tenho que falar isso toda vez: a linguagem corporal de Özil é a de um sapo morto. Isso é patético", disse Mario Basler, outro ex-jogador da seleção e há anos crítico declarado do meia. "Ele é superestimado como jogador de futebol".
Na Copa do Mundo de 2018, Özil foi titular na estreia contra o México (derrota por 1 a 0), mas perdeu a posição no jogo seguinte (vitória por 2 a 1 sobre a Suécia). Essa partida foi a primeira que o camisa 10 não entrou como titular em jogos de Copa do Mundo ou Eurocopa, desde 2010.
Acho que ele simplesmente não gosta de cantar o hino e por isso fica calado. Não acredito que ele deixe de cantar o hino porque fique rezando.
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