Qual lição a seleção alemã de futebol pode tirar com as seleções de basquete, handebol e hóquei?

A seleção alemã de futebol segue sem técnico desde a demissão de Hansi Flick no final de semana passado. Na vitória diante da França, o coordenador da DFB, Rudi Völler, foi quem comandou a equipe, mas ele não será efetivado.

O nome mais cotado para assumir a Mannschaft é o de Julian Nagelsmann, que está sem trabalhar desde sua saída do Bayern de Munique, no mês de março.

Muitos questionam por qual motivo a Federação Alemã não dá chances para um treinador estrangeiro. O francês Zinedine Zidane e o holandês Louis van Gaal, por exemplo, chegaram a ser ventilados pela imprensa nos últimos dias.

Ao longo da história, foram 11 treinadores no comando da seleção alemã, nenhum nascido fora do país. Todos eles alemães.

Não seria agora a hora? 

Exemplos de sucessos esportivos dentro da própria Alemanha não faltam. Isso porque as seleções nacionais de basquete, hóquei no gelo e handebol obtiveram excelentes resultados recentes com técnicos estrangeiros no comando.

No último final de semana, a seleção alemã de basquete conquistou o título mundial com uma impecável campanha de 8 vitórias em 8 partidas disputadas. E o treinador é o canadense Gordon Herbert.

Na semifinal, inclusive, os germânicos eliminaram os Estados Unidos, recheado de craques da NBA. E na grande decisão, triunfo diante da Sérvia.

E Herbert ainda teve que contornar uma crise durante o torneio. No intervalo da partida contra a Eslovênia, ele e o armador Dennis Schroder discutiram de forma mais ríspida, com direito a empurrão, mas a confusão não abalou o time para a sequência da competição.

Já a equipe nacional de hóquei no gelo também é comandada por um canadense: Harold Kreis. No último mês de maio, o treinador levou o time à medalha de prata no Mundial, a primeira medalha da modalidade na Alemanha em 70 anos.

Já o handebol masculino alemão conquistou o título europeu em 2016 sob o comando do treinador islandês Dagur Sigurdsson. E o técnico atual da equipe é Alfred Gíslason, também da Islândia.

Resta saber se o futebol alemão também vai se render a nomes estrangeiros para voltar às glórias. A Eurocopa já é no ano que vem. E o último título da Mannschaft na competição foi no século passado, na Euro de 1996.