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Hoffenheim: o que falta para a equipe voltar a surpreender na Bundesliga?

 Por Guilherme Costa

Reprodução: TSG Hoffenheim

A minha grande lembrança do Hoffenheim é da equipe comandada por Julian Nagelsmann, que conseguiu as melhores colocações do time de Sinsheim na Bundesliga (4º lugar, na temporada 16/17; 3º lugar, na temporada 17/18). Na temporada de despedida do Nagelsmann (18/19), a vaga para a Europa League ficou muito próxima dando a certeza que, mesmo com a saída do treinador (que foi para o RB Leipzig), a semente para as disputas pelas competições europeias iriam se tornar um hábito.

Bom, com exceção à temporada 19/20, o Hoffenheim voltou a ser uma equipe de meio de tabela, tendo nas últimas temporadas flertando com o rebaixamento. Somente na temporada passada, já sob o comando de Pellegrino Matarazzo, que os Hoffes voltaram a sorrir para a Europa (isso porque a Alemanha teve a sua quantidade de vagas para a Champions League aumentada, impactando na classificação para as outras competições europeias).

Mas o fato é que há um bom tempo o Hoffenheim é uma equipe cujo potencial não tem atingindo o que se espera, quando olhamos para a equipe no papel. Para a temporada 24/25, o time perdeu o grande destaque do seu ataque em 23/24, Maximiliar Beier, que foi para o Borussia Dortmund, enquanto Weghorst retornou para o Burnley; ainda houve as saídas do zagueiro John Brooks e do meia Robert Skov. Chegaram o meia austríaco, destaque do título da Bundesliga do Sturm Graz, Alexander Prass, e o atacante checo Adam Hlozek - vindo do Bayer Leverkusen; além de retornos importantes, como o do ponta Bruun Larsen.

E o quê isso tudo pode significar?

Pode significar uma equipe candidata a incomodar os favoritos (Bayern de Munique, Bayer Leverkusen, Borussia Dortmund e RB Leipzig) pela disputa por vaga de Champions League; ou uma vaga tranquila para a Europa League. É possível, visto que o Hoffenheim tem um dos melhores goleiros alemães e da Alemanha (Oliver Baumann), tem um ataque que, mesmo sem o Beier, segue forte com o retorno do Bruun Larsen, além do líder Andrej Kramaric e dos atacantes Marius Bulter, Adam Hlozek, Mergim Berisha - há ainda o contundido Ihlas Bebou. 

A melhora passa pelos acertos no sistema defensivo, que na temporada passada sofreu sessenta e seis gols. Curiosamente não foram feitas contratações para essa posição, cujo retorno de Atilla Szalai é a única novidade para a posição. Na estreia da Copa da Alemanha, contra o Würzburger Kickers, o jovem Tim Drexler fez o trio com Anton Stach e Kevin Akpoguma. O confronto, inclusive, ligou o sinal de alerta para os comandados de Pellegrino Matarazzo, devido ao baixo ritmo de jogo e a quase eliminação para a equipe da quarta divisão alemã.

Matarazzo também é uma incógnita no comando da equipe, já que em julho deste ano o corpo diretivo foi alterado e, segundo a Bild, o técnico terá uma avaliação mais rígida com o desempenho dos seus comandados. É importante ressaltar a quantidade de jogadores lesionados antes do início da Bundesliga, que certamente irá condicionar o começo do campeonato.

Dito tudo isso, é importante ressaltar que o Hoffenheim não é equipe para lutar pelo título e muito menos flertar com o rebaixamento. A tendência é que o início seja tão difícil quanto foi a estreia da Copa da Alemanha mas, passado a turbulência, o horizonte dos Hoffes é bem promissor!

Para ficar de olho:

Alexander Prass (que, já na sua estreia, esteve envolvido diretamente no primeiro gol do Hoffenheim, na Copa da Alemanha); Adam Hlozek (o centroavante tem a grande chance de mostrar o seu potencial, após uma passagem discreta no Bayer Leverkusen).

Contusões: ao todo são seis jogadores contundidos, sendo dois defensores (Ozan Kabak, Stanley Nsoki), três meio campistas (Umut Tohumbu, Finn Becker e Tom Bischof) e o atacante Ihlas Bebou.

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