St. Pauli e Holstein Kiel: ansiedade permeiam os recém promovidos à Bundesliga

Por Guilherme Costa

Quem acompanha a 2.Bundesliga sabe que o St. Pauli e o Holstein Kiel eram duas equipes fortes, difíceis de bater, cujo acesso à Bundesliga era uma questão de tempo. O Holstein Kiel, por exemplo, bateu na trave duas vezes, quando chegou nos playoffs de acesso nas temporadas 17/18 e 20/21. O tão sonhado acesso veio na temporada passada, com o St. Pauli conquistando o título e o Holstein Kiel ficando em segundo.

Para os Piratas, como é popularmente denominado o St. Pauli, o retorno à elite do futebol alemão após treze anos que, por si só já é especial, também tem o gosto de ver o seu maior rival (Hamburgo) amargando outra temporada no segundona. Para as Cegonhas, como é carinhosamente chamado o Holstein Kiel, a felicidade é maior ainda, uma vez que a equipe fará a sua estreia na Bundesliga, retornando à elite alemã após mais de sessenta anos (em 1962/63 o time ficou na quinta colocação da Oberliga Norte - uma das divisões da elite alemã - não conseguindo a vaga para a recém criada Bundesliga).

Mas qual será o desfecho dos times nesta edição da Bundesliga? É claro que eu não posso prever isto, porém há alguns comparativos que as equipes podem se espelhar. O primeiro, é não se deslumbrar. Foi assim que o Freiburg e Union Berlin (mesmo com o fracasso de 23/24) conseguiram permanecer na primeira divisão alemã, para depois buscar voos mais altos (como a Europa e Champions League). O segundo é ter ciência das suas dificuldades e resiliência para conseguir se manter na primeira divisão: O Heidenheim, por exemplo, teve mais empates e derrotas do que vitórias. No entanto, é difícil seguir um roteiro, já que existem exemplos de equipes que batem e voltam para a segunda divisão na temporada seguinte, como foi o caso do Darmstadt, Greuther Furth (nas duas vezes que subiram).

Enquanto as equipes não estreiam no campeonato, o que resta é o trabalho e a ansiedade, como foi dito nas coletivas de imprensa das duas equipes. Se o atacante dos Piratas Johannes Eggestein, comentou: "É uma sensação incrível. A expectativa é grande, mas claro que também há uma leve tensão. Você ainda não consegue avaliar adequadamente como está seu desempenho e como estão seus oponentes. Temos que descobrir nos primeiros jogos." o treinador das Cegonhas também não foi muito distante em seu discurso: "Já temos consciência de que será um jogo histórico para o clube e que fazemos parte dessa história. Queremos que esta parte seja um sucesso".

Com duas jornadas parecidas e, ao mesmo tempo, diferentes, St. Pauli e Holstein Kiel terão o desafio de se provar na elite alemã - que é bem diferente das primeiras posições da 2.Bundesliga.

Para ficar de olho:

St. Pauli: o time renovou com o meia Connor Metcalfe, que junto com o líder e capitão, Jackson Irvine, são fundamentais na engrenagem da equipe. Duas contratações estiveram no jogo da Copa da Alemanha: Fin Stevens (lateral direito) e Morgan Guilavogui (ponta).

Holstein Kiel: Sem contratações de impacto, as Cegonhas mantiveram os destaques da campanha de acesso na 2. Bundesliga. Capitaneado pela outrora promessa, Lewis Holtby, o time ainda conta com Steven Skrzybski e Shuto Machino.

Defesa: As equipes tiveram as duas melhores defesas da 2. Bundesliga, que agora vão se provar na elite alemã.