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O debate 50+1: Está na hora de o futebol alemão repensar as regras de propriedade?

Não é segredo para ninguém que nos últimos anos o futebol movimentou valores multimilionários com investimentos de grandes empresas. Ligas populares, como a La Liga, a Premier League e a Bundesliga estão vivendo um momento de grande investimento financeiro, o que resulta em futebol de alto nível em todo o Velho Continente.

Para tentar manter controle sobre os investimentos feitos em esportes, cada país criou suas próprias regras quanto a investimentos. Na Alemanha, a regra de controle de investimentos mais famosa é a 50+1, mas nos últimos tempos ela é o centro de muitos debates, pois ela pode esta prejudicando os times alemães em competições europeias.

Entendendo a Regra 50+1

A Regra 50+1 é uma tentativa da liga de futebol alemão manter o controle sobre a tradição das equipes. Ela funciona da seguinte forma: todo time pode vender seus direitos para empresas, porém só é possível vender 49% dos direitos, isto é uma forma de manter a maior parte dos direitos do time com os torcedores.

Isso teoricamente deveria evitar que empresas como a Red Bull fizessem algo parecido como Bragantino aqui no Brasil. Apesar desta regra visar manter a história e tradição das equipes, ela levanta muitos questionamentos e é centro de muitos debates, pois ela pode ser a grande pelos 4 anos consecutivos sem um time alemão campeão da Champions League.

Além disso, a própria Bundesliga sofreu com isso, já que o Bayern de Munique foi campeão consecutivo da competição por diversos anos. E muito disso pode estar relacionado à regra 50+1 que realmente gera muitas discussões. Abaixo você pode entender um pouco mais dos motivos pelo qual esta regra é tão questionada.

Controvérsia da Regra 50+1 no futebol Alemão

Em todos os aplicativos de apostas esportivas, a grande discussão sobre a Regra 50+1 é em relação aos impactos que isto pode causar na gestão financeira e investimento nos clubes. Times com camisas de peso como o Bayern de Munique e o Borussia Dortmund têm muito prestígio de grandes investidores, mas times menores como o Augsburg e o St. Pauli podem sofrer um pouco na hora de encontrar novos investidores.

O motivo para este desinteresse de grandes investidores nestas equipes é simples, falta de controle sobre seu investimento e principalmente dificuldades de emplacar a marca no futebol. No futebol brasileiro não existe uma regra como esta, o que facilita que times como Athletic de Minas Gerais e Mirassol se tornem boas opções para investimento, pois o dono do time tem controle total sobre o que é feito com ele.

Por mais que isto pareça algo pequeno, pode ter impacto direto no rendimento da equipe. Por exemplo, o Bahia foi adquirido pelo grupo City e nos últimos anos com investimentos pesados a equipe está brigando no topo do futebol brasileiro, enquanto por sua vez o Red Bull Bragantino, outra SAF nacional tem investimentos mais focados em gerar novos jogadores.

Futebol alemão na atualidade

O impacto deste sistema de regra é notável quando você olha a lista de últimos campões da Bundesliga em que o Bayern de Munique teve um domínio gigantesco de títulos nos últimos 10 anos. Mesmo que agora o Bayer Leverkusen tenha ganho um título recente é inegável que esta regra favoreceu os grandes da competição.

É simples, investir em uma marca famosa e que já tem sucesso provado é mais seguro, portanto o time atrai mais investidores e sempre mantém um time de primeira linha. A regra do 50+1 na prática torna o futebol alemão pouco disputado, em que as equipes gigantes disparam na liderança sem muitas dificuldades dentro do campeonato.

Este fato está gerando muita controvérsia, já que ninguém sabe ao certo se isto é bom ou ruim para o futebol em geral. Grandes empresas detendo a maior parte dos direitos sobre um time podem acabar apagando a história do time e tornando ele apenas um produto, mas ao mesmo tempo podem dar destaque e uma nova cara para o time o tornando competitivo.

Impacto da regra 50+1 nas apostas esportivas

A regra do 50+1 também impacta sobre as apostas esportivas, principalmente nas apostas de principais equipes para disputa do título. Na Bundesliga raramente surgem azarões que conquistam o título, na última temporada o Bayer Lewerkusen foi uma grande surpresa e a tendência é que o time se mantenha em alta.

Ao ganhar títulos uma equipe naturalmente atrai mais investidores, afinal de contas a marca da equipe está em alta, isto pode influenciar nos valores para investimento para a temporada e por consequência na tabela de classificação da Bundesliga. É muito mais interessante apostar em times com títulos recentes na competição para novas conquistas.

Enquanto a regra do 50+1 estiver ativa dificilmente alguma equipe será uma ameaça para os gigantes do futebol Alemão. A tendência é que estas equipes se mantenham no topo, sempre com elencos de alto nível devido ao destaque que a marca possui naturalmente. Em apostas esportivas isto indica que os gigantes são favoritos em todos os confrontos.

Possíveis soluções para os problemas da regra do 50+1

A regra do 50+1 no futebol alemão de fato não é perfeita e gera problemas e desequilíbrio na Bundesliga, e por consequência torna complicada a jornada dos times alemães dentro das competições europeias. Apesar da proposta desta regra ser excelente de manter a tradição dos clubes, ela atualmente traz mais problemas que soluções.

Uma forma de solucionar este problema com investimentos é criar uma nova regra que impede mudanças de cores de camisa, de cidades da sede e que tentam manter a estrutura do clube fixa. Infelizmente investir em algo sem ter controle sobre o investimento é um péssimo negócio, e caso não ocorra mudanças nas regras, a tendência é que o futebol alemão se mantenha como está.

Para aumentar a competitividade dentro da Bundesliga e resolver o problema da regra 50+1 o caminho mais simples é dar mais controle para os investidores sobre os clubes. Se a intenção é manter a tradição das equipes, basta criar regras destinadas apenas ao que compõe a história e identificação do clube com a torcida.

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