Dois clubes da Bundesliga deixam o Twitter/X por causa de Elon Musk

Dois clubes da primeira divisão da Bundesliga anunciaram que estão deixando o X, antigo Twitter, por conta da atual gestão do Elon Musk, proprietário da plataforma: St. Pauli e Werder Bremen.

Os Piratas, em publicação na rede social BlueSky, se posicionou contra o bilionário e destacou que ele transformou a plataforma em “uma máquina de ódio”.

“Estamos saindo do X e apelamos a todos os seguidores para nos seguirem no BlueSky. Elon Musk converteu o espaço de debate do Twitter numa máquina de ódio que também pode ter um impacto negativo nas eleições federais”, publicou o St. Pauli.

O comunicado do St. Pauli também cita as eleições dos Estados Unidos, que teve Donald Trump como vencedor.

“Após a vitória eleitoral, Donald Trump também anunciou que faria de Musk o chefe de uma autoridade recém-criada. Musk já tinha apoiado ativamente Trump durante a campanha eleitoral, também com a ajuda de X. Pode-se presumir que X também promoverá conteúdo autoritário, misantrópico e radical de direita na campanha eleitoral federal e, assim, manipulará o discurso público”.

Já os Papagaios, através do CEO do clube, Klaus Filbry, anunciaram a decisão na reunião geral anual do clube, na segunda-feira (18). Ao explicar a decisão, Filbry lamentou o efeito que Musk teve no X desde a sua aquisição.

“Desde que Elon Musk assumiu a plataforma, discurso de ódio, ódio contra minorias, postagens extremistas de direita e teorias da conspiração foram permitidas a se espalhar em um ritmo incrível, tudo sob o disfarce de liberdade de expressão. A radicalização da plataforma está sendo ativamente impulsionada por Elon Musk e suas postagens pessoais, que incluem comentários transfóbicos e antissemitas, bem como a disseminação de narrativas de conspiração”, disse o Werder Bremen.

“Quase nada está sendo monitorado atualmente na plataforma. Os algoritmos e a tomada de decisões na X são processos totalmente não transparentes. Além disso, Elon Musk está utilizando a rede social como uma arma política, como visto recentemente durante o curso da eleição dos EUA”, acrescentou.